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Blog da Família

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A Odontopediatra Carolina Continentino nos esclarece tudo sobre Língua presa ou frênulo lingual

  • Foto do escritor: Paula Vereza
    Paula Vereza
  • 20 de dez. de 2020
  • 3 min de leitura


O que é?


Todos nós possuímos uma estrutura anatômica embaixo da língua chamada de Frênulo Lingual ou freio lingual, em condições normais, ele permite que a língua realize os seus movimentos de sucção, deglutição e fala adequadamente, porém pode ocorrer de algumas pessoas apresentarem freios mais curtos e/ou anteriorizados, a famosa língua presa, nesses casos, se faz necessário a remoção total ou parcial do freio.


Quais os impactos na vida de uma pessoa?


Quando o freio lingual se encontra alterado, ou seja, em que há uma anquiloglossia, a criança sofre uma disfunção nos movimentos laterais, de protusão, elevação, retrusão e vibração da língua, deste modo, essa criança pode ter problemas em pronunciar certas palavras, uma mastigação e uma alimentação muitas vezes deficitária, além da dificuldade na higienização bucal.


Quais os impactos na amamentação para a mãe? E para o bebê?


O bebê com alteração de freio lingual pode apresentar dificuldades de amamentar na mama da mãe. Em sua maioria, ele não conseguirá realizar a pega correta, pois para ele conseguir extrair leite suficiente é necessário que a sua língua permaneça sempre em contato direto com a auréola e realizando os movimentos peristálticos. Caso essa língua esteja com o freio alterado, o bebê não irá conseguir deixar a língua protruída e com a ondulação para ordenhar o leite.


Portanto pode causar uma mastite no seio da mãe, devido a dificuldade de extração desse leite, consequentemente uma diminuição do mesmo, pois o corpo entende que não é necessário produzir mais e assim acarretar em um desmame precoce, podendo também ocorrer fissuras na mama, causando dor.


Já o bebê, ele vai realizar um esforço excessivo e muitas vezes vai ingerir uma quantidade leite insuficiente para o seu ganho de peso, sendo mamadas longas, causando uma irritação na criança que pode levar ao abandono da amamentação.


Todos os freios são fáceis de visualizar?


Para visualizar se há alguma alteração no freio lingual, o profissional encarregado pode se deparar com anatomias completamente diferentes. Os que são mais fáceis de diagnosticar são aqueles em que sua inserção é bastante anteriorizada, ou seja, freios totalmente presos e podemos visualizar facilmente quando o bebê estiver chorando e sua língua formar um formato de coração.


Mas, em sua maioria, não conseguimos visualizar de maneira tão clara, nesses casos o freio está parcialmente preso, sendo assim, necessária uma avaliação criteriosa do Odontopediatra para indicar ou não a cirurgia.


Quem avalia ?


Se você, mamãe, está desconfiada de que há algo errado no freio lingual do seu bebê, profissionais como: Odontopediatras, pediatras, consultoras de amamentação e fonos, podem realizar uma avaliação mais precisa.


Porém saiba que logo quando o bebê nasce, ele passa pelo Teste da Linguinha na própria maternidade e as enfermeiras são quem realizam esse exame. Mas, muitas vezes o teste pode não ter um diagnóstico correto devido a prematuridade do bebê e a dificuldade na visualização, e com o passar do tempo as complicações podem vir surgindo e a criança acabar necessitando da avaliação desses outros profissionais.


Quem faz a cirurgia? Precisa de anestesia?


A frenectomia ou frenotomia é a cirurgia capaz de realizar a remoção total ou parcial do freio lingual. Ela pode ser realizada pelos cirurgiões da própria maternidade que foram diagnosticados, ou pelos Odontopediatras que são especializados em lidar e tratar de bebês e crianças.


Em relação ao uso de anestésicos, independente do grau de espessura, profundidade e inserção é necessária a remoção do estímulo da dor para que o bebê não sofra. Em neonatais é importante que estejam com um peso suficiente para realizarmos a anestesia de forma segura.


Existe idade ideal para fazer?

O diagnóstico da Anquiloglossia (alteração no freio lingual) e sua remoção deve ser realizada o mais cedo possível, pois assim, evitamos que intercorrências como a dificuldade na amamentação (caso o único impecílio seja o freio curto) o baixo ganho de peso, problemas com a mastigação, alimentação e a fala alterada aconteçam.

Em crianças maiores que já sabem dialogar, além da remoção cirúrgica do freio, é necessário tratar com um fonoaudiólogo para que ele reaprenda a falar as palavras de maneira correta.



Sobre a Autora do post:

Carolina Continentino.


Carolina Continentino Costa

Cirurgiã-Dentista

CROMG 51617

 

Formada em Odontologia pela Universidade Católica de Minas Gerais

(PUC Minas)

Aperfeiçoamento em Dentística Restauradora e Estética.

Especializando em Odontopediatria pela Unicamp

 

Contato: (31) 98800-4266

dracarolinacontinentino@gmail.com

 
 
 

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